Em 2025, 88,2% da eletricidade no Brasil era proveniente de energia renovável, apresentando uma das matrizes mais limpas do planeta. Com isso, o país superava a média mundial e a das nações da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).  

Esse resultado é fruto não somente da abundância de recursos naturais, mas também de políticas e incentivos fiscais voltados para empresas que investem em energia limpa. Essas medidas são benéficas para o financeiro do negócio e reforçam o compromisso com o meio ambiente. 

Quer saber quais são esses incentivos e como eles podem ajudar sua empresa a reduzir custos? Continue a leitura e confira! 

O que é energia renovável? 

As fontes de energia renovável utilizam recursos naturais que se regeneram constantemente, possibilitando uma produção de eletricidade contínua e sustentável.  

Entre os principais exemplos, estão: 

  • energia solar: obtida pela luz do sol;  
  • eólica: gerada pela força dos ventos; 
  • hídrica: produzida a partir da água;  
  • maremotriz: aproveita o movimento dos oceanos.  

Esses recursos são continuamente renovados naturalmente, garantindo sua disponibilidade ao longo dos anos e contribuindo para a preservação ambiental. Em contrapartida, as fontes não renováveis são limitadas e exigem períodos extensos para se formarem novamente.  

O uso frequente desses recursos pode levar ao seu esgotamento e gerar danos ambientais. Os combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão mineral e o gás natural, são exemplos dessa categoria, pois demoram milhões de anos para se originarem novamente. 

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Qual é a importância de adotar energia renovável na empresa? 

Adotar energia renovável nas empresas é uma decisão estratégica que une responsabilidade ambiental e eficiência econômica. Ao substituir fontes tradicionais por alternativas limpas, é possível reduzir os custos com eletricidade no médio e longo prazo. 

A economia ocorre porque a dependência das tarifas das concessionárias diminui. Além do ganho financeiro, investir em energia renovável demonstra comprometimento com a sustentabilidade e com a preservação do meio ambiente. 

Assim, é possível construir uma imagem corporativa mais responsável e alinhada às práticas de ESG — sigla que vem do inglês e une os pilares ambientais, sociais e de governança. Esse posicionamento também fortalece a reputação da empresa diante de consumidores e investidores. 

O público tem valorizado cada vez mais marcas que adotam práticas sustentáveis e buscam reduzir seu impacto ambiental. Da mesma forma, investidores costumam enxergar esse tipo de iniciativa como sinal de gestão moderna, consciente e preparada para o futuro.  

Assim, o uso de energia renovável se torna um diferencial competitivo que agrega valor à marca e reforça sua credibilidade no mercado. 

Quais são os incentivos fiscais para empresas? 

Para estimular a transição energética, que busca aumentar o uso de fontes limpas, o Governo oferece incentivos fiscais. Eles fazem com que os investimentos sejam mais acessíveis e vantajosos para as empresas. 

É possível dividir os incentivos em diretos — quando a empresa deseja produzir eletricidade — e indiretos, quando ela adota métodos que permitem o acesso a fontes renováveis.  

Saiba como funciona cada um deles! 

Incentivos fiscais diretos 

No âmbito federal, destacam-se medidas como a alíquota zero de PIS e Cofins (Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). A vantagem ocorre para a importação de peças que serão utilizadas em turbinas eólicas — com exceção das pás. 

Ainda, há a suspensão desses tributos na compra de máquinas, equipamentos e serviços voltados ao ativo imobilizado de projetos de infraestrutura no setor de energia. Outro benefício é a redução de até 75% do IRPJ (Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas) por até 10 anos. 

Ele é voltado para empresas com projetos localizados em determinadas áreas de atuação. São elas a Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) e a Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia). 

Há também o Reidi (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura). Ele oferece isenção de PIS e Cofins para projetos de infraestrutura, incluindo os voltados à geração de energia renovável.  

Além disso, há incentivo fiscal para energia solar, com a isenção na importação de painéis solares. Com a Reforma Tributária, o cenário pode se tornar ainda mais favorável, com integração do recolhimento em dois novos tributos. 

O primeiro é a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que substituirá o PIS/Cofins. Já o segundo é o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que ficará no lugar do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e do ISS (Imposto sobre Serviços). 

A expectativa é de que a mudança facilite o acesso aos benefícios, tornando as isenções e reduções mais amplas e padronizadas em todo o país. 

Incentivos fiscais indiretos 

Além dos incentivos fiscais diretos oferecidos pelo Governo Federal e pelos governos estaduais, as empresas podem se beneficiar de outras formas de estímulo ao adotar energia renovável. Uma delas é a migração para o Mercado Livre de Energia. 

Nesse ambiente, é possível contratar energia incentivada, proveniente de fontes limpas, como solar, eólica, biomassa e PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas). O principal atrativo desse modelo é o desconto de até 100% na TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição), que é um dos componentes mais caros da conta de luz.  

Essa redução representa uma economia nas despesas com eletricidade, tornando as empresas mais competitivas e financeiramente sustentáveis. Uma alternativa é o modelo por assinatura. 

A modalidade oferece acesso à energia renovável sem necessidade de investimento em infraestrutura própria. Nesse sistema, a empresa aluga uma cota de energia produzida por uma usina solar ou de outra fonte limpa. 

A eletricidade gerada é convertida em créditos abatidos da conta de luz, reduzindo o valor pago à distribuidora. Além da economia, o formato traz previsibilidade nos custos e elimina cobranças extras relacionadas às bandeiras tarifárias, aplicadas em períodos de escassez hídrica.  

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Quais são as outras soluções para empresas? 

Além de aproveitar os incentivos fiscais e as alternativas disponíveis para adotar energia renovável, as empresas podem contar com outras soluções que contribuam para a eficiência financeira e o crescimento sustentável. Na CXBR Capital, entendemos que o capital acumulado deve colaborar para o desempenho do negócio. 

Por isso, oferecemos um nível de serviço diferenciado, com suporte profissional em áreas estratégicas, como:  

  • M&A (fusões e aquisições); 
  • Crédito; 
  • Gestão de Caixa de curto e longo prazo; 
  • Trading e Assessoria Aduaneira; 
  • Consultoria Financeira; 
  • Câmbio, Derivativos e Agro; 

Esse suporte especializado é fundamental para a empresa tomar decisões mais acertadas, maximizar oportunidades e minimizar riscos, garantindo eficiência operacional e financeira.  

Neste post, você entendeu quais são os incentivos fiscais para adoção de energia renovável no Brasil por empresas, além de outras soluções que otimizam o negócio. Com essas informações, é possível criar estratégias que contribuam para o desempenho empresarial. 

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