Cuidar do patrimônio construído ao longo do tempo pode se tornar mais simples com o uso das ferramentas adequadas. Entre as alternativas disponíveis, vale a pena saber o que é uma holding familiar e como ela funciona.
Afinal, ao criar uma empresa desse tipo, a gestão do seu patrimônio pode ser favorecida. Além disso, etapas como proteção e sucessão dos bens também tendem a se tornar mais simples e apresentar benefícios. Ao mesmo tempo, é preciso avaliar se vale a pena ter esse tipo de sociedade.
Para tirar essas dúvidas, este artigo mostrará o que é uma holding familiar e quando pode ser interessante recorrer a esse modelo para gestão do patrimônio.
Continue a leitura e saiba mais!
O que é uma holding familiar?
A holding familiar é um tipo de sociedade empresarial cuja principal finalidade é gerenciar o patrimônio de uma família. Ela também é voltada para o fortalecimento e até para o desenvolvimento dos recursos com os quais ela é constituída.
Por esse motivo, trata-se de uma solução que costuma estar relacionada a patrimônios maiores ou mais complexos. A holding pode exercer atividades empresariais — por exemplo, administrar os aluguéis dos imóveis de propriedade da família.
Como funciona uma holding familiar?
Após entender o conceito de holding familiar, vale a pena compreender como ela funciona. A ideia é que haja a constituição de uma empresa que será responsável pela administração dos bens e direitos incorporados a ela.
Para tanto, a holding pode ser administrada por um membro da família ou por um gestor profissional contratado. Ademais, cada integrante do núcleo familiar recebe uma participação na sociedade. O nível de participação, normalmente, depende da própria estrutura patrimonial definida pela família.
Em geral, os ganhos por meio dessa estrutura são obtidos com o repasse dos lucros da holding familiar para os integrantes. Assim, quanto maior for o avanço do patrimônio, maior tende a ser a distribuição entre as partes.
Além disso, vale entender que uma holding familiar não elimina a possibilidade de os familiares terem bens particulares, fora da estrutura dessa empresa. Pense, por exemplo, em uma família composta por 3 irmãos. Após os falecimentos dos pais, eles recebem bens como a participação em empresas e imóveis.
Em vez de administrarem os bens individualmente, é possível incluí-los em uma holding familiar. Por outro lado, eles não são obrigados a incluírem os próprios imóveis, empresas, investimentos ou outros bens.
Já uma família composta por um casal e dois filhos pode optar por incluir todos os bens e direitos como parte da holding, sem a divisão de propriedades de modo individual. Ou seja, tudo dependerá dos objetivos de cada pessoa na composição dessa estrutura.
Quando vale a pena contar com uma holding?
Até aqui, você entendeu o que é a holding familiar e conferiu exemplos dessa estrutura. Agora, é interessante saber quando pode ser adequado recorrer a essa alternativa. Nesse sentido, você pode considerar situações em que abrir uma empresa desse tipo tende a ser vantajoso.
Veja alguns objetivos que podem ser conquistados com essa estratégia!
Redução da carga tributária
Criar uma holding familiar pode fazer parte da sua estratégia de planejamento tributário. Nesse caso, a ideia é abrir esse tipo de empresa como um instrumento de elisão fiscal. Logo, o objetivo é pagar menos impostos, de maneira regular.
O motivo para isso é que as pessoas jurídicas têm condições diferentes em relação ao gerenciamento de bens e à realização de investimentos. Desse modo, dependendo da composição do patrimônio, administrá-lo por meio de uma holding faz mais sentido para economizar com impostos.
No caso dos investimentos, a medida é importante para aumentar a rentabilidade líquida da carteira. Assim, essa pode ser uma forma de alcançar os resultados esperados com mais facilidade.
Planejamento sucessório
A criação de uma holding familiar também pode ser útil para estabelecer o planejamento sucessório. Graças a essa solução, a transmissão de bens pode ser favorecida e garantir mais proteção aos herdeiros e ao patrimônio.
Isso é possível porque a transferência de bens tende a ocorrer de modo mais estruturado e organizado. Com a criação da holding familiar, há como definir com simplicidade como ocorrerá a distribuição de cotas de participação entre os herdeiros, por exemplo.
Essa também é uma forma de reduzir os custos e de tornar os processos menos burocráticos. Com a holding familiar, é possível simplificar a questão relacionada ao inventário, por exemplo. Assim, a sucessão de bens se torna mais ágil e tende a causar menos atritos entre os familiares.
Proteção patrimonial
Também é possível utilizar a holding familiar como uma alternativa para fazer a proteção do patrimônio. Afinal, como você viu, a estrutura permite reduzir a incidência de impostos.
Ao pagar menos tributos, a família pode reduzir ou evitar a dilapidação do patrimônio — especialmente na transmissão de bens. Assim, há maior conservação dos recursos e pode haver um volume maior disponível para os investimentos.
Ademais, a facilidade oferecida pela holding familiar para a sucessão de bens também ajuda o patrimônio. Como a etapa sucessória tende a ser mais simples e com custos mais baixos, os bens e recursos passam menos tempo parados até serem divididos entre os herdeiros.
Entretanto, por conta dos custos e características gerais de funcionamento, o mais comum é que a holding familiar seja uma opção para famílias patrimônios maiores ou com uma estrutura mais complexa. Logo, essa tende a ser uma solução para o público de alta renda.
De qualquer maneira, é preciso observar que a decisão sobre recorrer a uma holding é individual e depende dos seus interesses e objetivos. Portanto, você deve avaliar sua situação patrimonial para determinar se vale a pena recorrer a uma sociedade desse tipo.
Agora você sabe o que é a holding familiar e como ela funciona. Considerando as características e vantagens que ela é capaz de oferecer, você pode considerar utilizar essa estrutura para a gestão do seu patrimônio.
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