5 Formas de fazer captação de recursos para empresas no mercado de capitais

A captação de recursos por parte das empresas pode ocorrer por diversos motivos. Entre as razões para a busca de capital estão a quitação de dívidas, composição do caixa, investimento em projetos e demais possibilidades relacionadas à gestão financeira.


Nesse sentido, muitas companhias recorrem a empréstimos e financiamentos, mas essas não são as únicas e nem as melhores alternativas. Por meio do mercado de capitais, também é possível captar recursos — e ainda ter custos menores, dependendo da alternativa utilizada.


A seguir, descubra quais são 5 formas de fazer a captação de recursos para empresas no mercado de capitais!

1. Emissão de ações

A primeira alternativa para obter recursos envolve a emissão de ações. Esses ativos integram a renda variável e correspondem a partes do capital social da companhia. Portanto, emitir e negociar ações significa vender uma parcela de participação na empresa para os investidores.


Como as ações são negociadas na bolsa de valores brasileira (B3), a empresa que ainda tem o capital fechado precisa estruturar uma oferta pública inicial ou initial public offering (IPO). O processo inclui registros, apresentação de documentos e realização de auditorias.


Após cumprir todo o processo de preparação, a empresa abre seu capital ao negociar ações na bolsa de valores pela primeira vez. Nessa estreia, os recursos pagos pelos investidores seguem para o caixa da companhia, que poderá usar o dinheiro conforme foi apresentado no prospecto.


Além da oferta pública inicial, uma empresa pode realizar o follow on primário de ações. Nesse processo, a companhia já tem o capital aberto, mas escolhe emitir novos papéis. Para tanto, é preciso ceder mais uma parte do negócio, em troca do capital dos investidores.


Em todos os processos, a empresa deverá cumprir diversas regras previstas pela bolsa e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Entre elas, está a divulgação trimestral de balanços e relatórios, bem como a comunicação de fatos relevantes para manter o mercado informado.


Ainda, as decisões costumam envolver o conselho de administração e os acionistas minoritários. Outro ponto de atenção é a necessidade de distribuir uma fatia dos lucros ao menos uma vez por ano, quando aplicável.

2. Debêntures

A renda fixa oferece oportunidades para os negócios que desejam realizar a captação de recursos financeiros. Uma das oportunidades envolve as debêntures, que são títulos de dívida emitidos por empresas. Esses investimentos fazem parte de uma subclassificação conhecida como crédito privado.


Como são investimentos de renda fixa, as debêntures podem oferecer rentabilidades prefixadas, pós-fixadas ou híbridas. Assim, o rendimento pode ser dado por uma taxa anual fixa, acompanhar o resultado de um indicador ou envolver uma combinação de ambos, respectivamente.


Do mesmo modo que a lógica de rentabilidade, características como liquidez e prazo podem ser definidos pelo empreendimento que emite as debêntures. Desse modo, é possível definir condições mais interessantes para o negócio.


Ao mesmo tempo, vale notar que a emissão de debêntures depende do cumprimento de algumas questões. Esses títulos só podem ser emitidos por sociedades anônimas não-financeiras e o processo de emissão deve ser aprovado pelo conselho, por exemplo.


Além disso, existem diversos tipos de debêntures, podendo alterar a tributação, a forma de remuneração e outras questões. As debêntures incentivadas, por exemplo, costumam ser exclusivas de empresas ou projetos de infraestrutura.


Como a área é essencial para o desenvolvimento do país, essas aplicações têm isenção de Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas, o que pode torná-las mais atraentes. No entanto, existem outros tipos de debêntures para as companhias que não se encaixam nesse setor.

3. CRI

Os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) também são títulos que fazem parte da renda fixa e ajudam negócios que querem captar recursos. No entanto, ao contrário das debêntures, eles não são emitidos pela empresa e, sim, por securitizadoras a partir da aquisição de direitos creditórios.


Para que isso seja possível, a companhia interessada em levantar recursos deve buscar uma securitizadora. Essa instituição poderá adiantar as contas a receber do negócio, mediante a cobrança de uma taxa. Assim, a empresa acessa na hora os valores que só ficariam disponíveis no futuro.


Em troca, a securitizadora passa a ser dona dos direitos creditórios. Logo, o pagamento dos clientes segue diretamente para essa instituição, já que a empresa interessada na operação obteve os recursos desejados ao vender os créditos a receber.


Depois, a securitizadora pode usar esses direitos para lastrear títulos que serão negociados no mercado financeiro. Se os direitos creditórios estiverem relacionados ao mercado imobiliário, os títulos emitidos pelas securitizadoras serão CRIs.


Essa alternativa é exclusiva para negócios ou projetos do setor de imóveis. É o que ocorre com uma construtora que adianta os recebíveis que ela tem quanto à venda das unidades de um empreendimento, por exemplo.

4. CRA

O certificado de recebíveis do agronegócio (CRA) é bastante semelhante ao CRI, já que ele também é emitido por securitizadoras a partir da negociação de direitos creditórios. A principal diferença é que ele está lastreado no mercado do agronegócio.


Então, se uma empresa de atividade agropecuária decidir vender os direitos creditórios relacionados à venda dos grãos produzidos, por exemplo, a securitizadora poderá emitir um CRA. Esse investimento também está associado a um setor relevante para a economia brasileira e oferece isenção de IR para pessoas físicas.


Para a empresa, a obtenção de recursos ocorre devido à antecipação dos recebíveis. Portanto, toda a operação referente ao investimento é de responsabilidade da própria securitizadora.

5. CR

Os certificados de recebíveis (CR) passaram a estar disponíveis em 2022, após uma regulamentação do mercado de securitização. Na prática, eles funcionam como os CRIs e CRAs, porém estão disponíveis para empresas de diferentes áreas.


Com os CRs, portanto, as securitizadoras podem emitir títulos lastreados em direitos creditórios de diversas áreas, o que traz mais possibilidades de atuação. Desse modo, pode ser mais fácil para as companhias obterem os valores de que precisam.


Como você acompanhou, a captação de recursos para empresas não se limita ao ambiente bancário tradicional. Os negócios também podem obter dinheiro por meio dessas 5 alternativas do mercado de capitais, então vale a pena pesquisar as opções para identificar a mais adequada para a companhia.


Como você acompanhou, a captação de recursos para empresas não se limita ao ambiente bancário tradicional. Os negócios também podem obter dinheiro por meio dessas 5 alternativas do mercado de capitais, então vale a pena pesquisar as opções para identificar a mais adequada para a companhia.


Quer explorar mais informações sobre o mercado de capitais? Acompanhe nossas publicações no Facebook, Instagram, LinkedIn e YouTube!

Agende uma reunião

Temos assessores à disposição para te atender de forma exclusiva.