
Reserva de emergência: passo a passo para estruturar a sua
Estruturar uma reserva de emergência é uma das ações mais importantes para garantir sua segurança financeira. Embora muitas pessoas já conheçam esse conceito, saber como organizá-la corretamente pode ser o diferencial para enfrentar imprevistos.
Isso porque não basta separar uma quantia para cobrir emergências. Também é preciso entender a melhor forma de acumular esse montante, manter o seu poder de compra e poder acessá-lo facilmente, sem comprometer a rentabilidade.
Pensando nisso, você sabe como montar sua reserva de emergência? Continue a leitura e confira os passos para estruturar a sua!
O que é reserva de emergência e a sua importância?
A reserva de emergência é uma quantia destinada a cobrir eventos inesperados que podem afetar as finanças de uma pessoa ou empresa. Alguns exemplos de necessidade desse recurso são:
- perda de renda;
- urgência médica;
- despesas com conserto do carro ou de uma máquina para a operação do negócio.
Quando essas situações ocorrem, a reserva pode ser utilizada, garantindo a resolução do problema sem precisar movimentar recursos reservados ao pagamento de despesas ou a investimentos, por exemplo. Dessa forma, você evita pagar juros de empréstimos ou perdas ao sacar uma aplicação financeira prematuramente.
Portanto, a quantia serve como um colchão financeiro, amortizando o impacto que cenários adversos podem causar. Com isso, ela também pode trazer mais tranquilidade, já que permite tomar decisões mais bem pensadas, em vez de ações impulsivas.
Quem deve ter esse montante?
É comum acreditar que a criação da reserva de emergência é essencial apenas para quem não tem renda previsível, como autônomos e profissionais liberais. Afinal, esses trabalhadores podem enfrentar mais dificuldades para cobrir imprevistos no orçamento.
No entanto, mesmo quem tem uma renda fixa deve manter esse fundo, pois situações inesperadas podem surgir a qualquer momento. Como você viu, essa reserva garante segurança para lidar com despesas não planejadas.
O mesmo se aplica às empresas, já que o mercado pode passar por oscilações. Uma queda repentina na demanda, por exemplo, pode ser causada por diversos fatores, como uma crise de reputação da marca — exigindo que elas estejam preparadas financeiramente para contextos desfavoráveis.
É possível investir a reserva de emergência?
Você aprendeu sobre a necessidade de manter o poder de compra da reserva de emergência, certo? Portanto, ela deve ser investida para que os efeitos da inflação não corroam o valor do dinheiro, fazendo com que determinada quantia não compre mais os mesmos itens no futuro.
Ao investir, você pode fazer o seu dinheiro render, minimizando os impactos da inflação e protegendo a sua reserva de emergência. Contudo, é preciso ter cuidado ao alocar esse montante, pois ele deve estar disponível a qualquer momento para cobrir imprevistos.
Dessa maneira, é preciso escolher um investimento que proporcione maior segurança e alta liquidez. Esse é o caso do título Tesouro Selic e dos certificados de depósito bancário (CDBs) de liquidez diária, por exemplo, além de determinados fundos de investimento.
Como estruturar uma reserva de emergência?
Agora que você entende melhor a reserva de emergência, é hora de aprender como montar a sua. Essa é uma etapa fundamental para garantir que o montante cumpra o seu papel no planejamento financeiro.
Siga o passo a passo!
Faça o seu orçamento financeiro
Para começar, é necessário fazer um orçamento financeiro para entender as entradas e saídas de capital e poder planejar o uso dos recursos com mais eficiência. Você pode criá-lo em uma planilha no papel ou digital, com o uso de aplicativos de finanças.
Registre todos os seus ganhos, como salário e eventuais rendas extras — como investimentos, aluguéis e trabalhos esporádicos. Vale se certificar de incluir o valor líquido, que é aquele já com os descontos, para ter a receita disponível para uso.
Feito isso, determine todos os seus gastos, classificando-os em:
- fixos: além de precisar arcar mensalmente, o valor não muda de um mês para o outro, como aluguel, mensalidade escolar e prestação de carro;
- semivariáveis: estão presentes todos os meses, mas a sua quantia pode variar conforme a utilização, como energia, água e supermercado;
- variáveis: podem não surgir todos os meses ou não serem estimados, como passeios, viagens, presentes etc.
Com essas informações, você entenderá quanto de dinheiro tem disponível todos os meses para estruturar a sua reserva de emergência.
Defina a quantia para a reserva
A reserva de emergência deve ser equivalente a, pelo menos, 6 meses de suas despesas mensais. Mas vale destacar que esse é o valor mínimo — há pessoas que preferem ter um colchão financeiro maior.
Por essa razão é tão importante fazer o orçamento financeiro antes de montar a sua reserva. Sabendo quanto você gasta por mês para a sua sobrevivência e de sua família, se for o caso, é possível estimar um montante capaz de trazer tranquilidade financeira nos imprevistos.
Saiba quanto investir na reserva mensalmente
Após estabelecer quanto você precisa ter de reserva de emergência, é possível determinar a quantia mensal destinada a ela. Para isso, além de entender o valor disponível mensalmente, é preciso refletir em quanto tempo o montante deve estar preenchido.
Quanto mais rápido você quiser formar a sua reserva de emergência, maior deve ser a quantia alocada para ela. Definindo o valor dos aportes, você deve planejá-los — ou seja, saber em qual investimento alocar o dinheiro e direcioná-lo mensalmente.
Reavalie a reserva regularmente
Como você viu, a reserva de emergência é um recurso destinado a cobrir imprevistos. Assim, logo que uma situação inesperada ocorre e você precisa utilizar essa quantia, é o momento de planejar a sua reestruturação, realizando novos aportes até chegar ao valor desejado.
Outro cenário em que é preciso reavaliar a sua reserva de emergência é na alteração do seu padrão de vida. Ao ter aumento nas despesas mensais, por exemplo, o montante pode ficar defasado em relação às suas necessidades financeiras.
Nesse caso, é necessário recalcular a reserva ideal e aplicar dinheiro novamente para que ela corresponda ao novo montante para cobrir as emergências.
Você entendeu o que é e como estruturar uma reserva de emergência com eficiência. Agora, vale a pena usar as orientações para ter o montante ideal que possa trazer tranquilidade financeira para o seu dia a dia.
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