Risco sistemático e não sistemático: entenda a diferença entre eles ao investir

Todo investimento apresenta riscos, os quais podem ser maiores ou menores, dependendo das condições apresentadas. Entre as classificações existentes, estão o risco sistemático e o não sistemático.


Como são definições bem diferentes, é fundamental entender como cada um funciona e quais efeitos eles podem gerar na sua carteira de investimentos. Assim, você tem a chance de se planejar melhor para compor um portfólio condizente com o seu grau de tolerância ao risco.


A seguir, saiba mais sobre o risco sistemático e o não sistemático e veja como lidar com eles ao investir. Vamos lá?

O que é o risco sistemático?

O risco sistemático ou sistêmico é capaz de afetar todo o mercado financeiro. Ele funciona como o risco geral do ambiente no qual as empresas e instituições financeiras estão inseridas.


Um exemplo é um cenário de crise econômica, como o que aconteceu diante da pandemia de covid-19. Nessa situação, todas as empresas e setores foram afetados em maior ou menor grau.


Esse tipo de risco também está relacionado à estrutura do Sistema Financeiro Nacional. Isso ocorre porque, normalmente, as instituições financeiras são interligadas e dependem do desempenho das outras. Dessa forma, se uma instituição declarar falência, por exemplo, o restante do mercado pode ser afetado.


Isso foi o que aconteceu em 2008, nos Estados Unidos. Com a falência de um dos principais bancos do país — o Lehman Brothers —, todo o sistema financeiro dos EUA entrou em colapso. O cenário desencadeou uma crise econômica generalizada.

O que é o risco não sistemático?

Já o risco não sistemático ou não sistêmico está relacionado a condições pontuais e individuais de uma empresa ou de um setor. Isso ocorre porque cada negócio ou área da economia tem características específicas e pode ser afetado de modos diferentes, dentro de certas condições.


Considere uma situação em que uma grande empresa fornecedora vai à falência. A circunstância pode prejudicar diretamente as outras companhias que eram parceiras comerciais do negócio. Porém, esse cenário tende a não afetar empreendimentos de outros setores, por exemplo.

Como o risco sistemático e o não sistemático podem afetar os investimentos?

Como você viu, o risco sistêmico e o risco não sistêmico são diferentes. Com isso, eles também podem causar impactos distintos, até mesmo nos investimentos. Logo, é importante entender como cada um pode interferir nos seus resultados e o que é possível fazer para se proteger.


Continue a leitura e saiba mais!

Risco sistemático

Como o risco sistemático afeta todo o mercado, ele não pode ser diversificado. Já que não há como ter controle sobre a sua ocorrência, há muito pouco que pode ser feito para mitigar esses impactos.


Os efeitos desse tipo de risco dependem da situação gerada na economia e da magnitude dos movimentos. Uma crise econômica temporária, por exemplo, pode prejudicar o resultado dos investimentos em curto e médio prazo.


Porém, uma crise profunda e sem que as medidas adequadas sejam tomadas pode fazer com que os investimentos sejam afetados no longo prazo.


Também é possível que uma classe de investimentos sofra mais efeitos que outras. Em um cenário de juros altos, como devido ao aumento da Selic, a tendência é que os investimentos de renda fixa tenham melhores resultados.


Enquanto isso, os investimentos de renda variável podem se tornar menos interessantes diante do desaquecimento da economia, por exemplo.

Risco sistemático

Já o risco não sistemático costuma causar impactos mais concentrados em determinadas alternativas do seu portfólio. Nesse contexto, é essencial considerar que existe mais de uma classificação sobre os riscos não sistemáticos.


Veja quais são elas:


Risco de crédito

O risco de crédito indica a possibilidade de ocorrer a inadimplência dos montantes devidos. Nos investimentos de renda fixa, ele mede a probabilidade de uma empresa emissora não conseguir pagar os valores devidos aos investidores.


Risco de mercado

O risco de mercado tem componentes sistemáticos, já que pode ser influenciado pelas condições gerais da economia. No entanto, ele também pode ser não sistemático, especialmente quando se relaciona à volatilidade de um ativo.


Risco operacional

O risco operacional está relacionado às ferramentas utilizadas para investir, como as plataformas de investimentos. Assim, um erro no sistema usado para realizar as negociações pode afetar os resultados de quem investe.


Também existem questões relacionadas à segurança de dados. Se uma plataforma vazar sua senha e seus investimentos forem modificados, por exemplo, a questão é operacional.

Como se proteger do risco não sistemático?

Conforme você aprendeu, o risco sistemático e o não sistemático podem interferir diretamente no desempenho dos seus investimentos. Para lidar com a situação, é preciso saber como proteger a sua carteira.


Como o risco sistemático não é diversificável, essa característica inviabiliza a proteção efetiva. Porém, o risco não sistemático pode ser reduzido, principalmente, por meio da diversificação. Nesse caso, a ideia é se expor a riscos distintos, evitando a concentração de capital em poucas condições.


Para diversificar a carteira, é fundamental buscar investimentos descorrelacionados ou com correlação negativa. Na primeira situação, os ativos se comportam de modo independente. Já no segundo caso, os investimentos se movimentam em direções opostas — logo, quando um se valoriza, o outro tende a cair e vice-versa.


Assim, não basta apenas escolher investimentos diferentes: eles devem apresentar riscos distintos. Portanto, vale a pena considerar alternativas de renda fixa e de renda variável, bem como investimentos de setores diferentes e com prazos variados, por exemplo.


Agora você sabe o que são os riscos sistemático e não sistemático no mercado financeiro. Considerando os impactos que eles podem causar nos investimentos, é importante buscar formas de reduzir os efeitos que eles geram, como por meio da diversificação da carteira.


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