Investimento para empresas: 4 opções para investir como pessoa jurídica

O mercado financeiro é amplo e oferece diversas oportunidades para os investidores. Porém, você sabia que algumas alternativas de investimento também são interessantes para as empresas que desejam rentabilizar o capital?


Embora essa possibilidade exista, muitos empreendedores têm dúvidas ou não sabem exatamente em quais opções investir e como fazer isso de forma adequada e estratégica. Por isso, é fundamental compreender melhor as oportunidades do mercado.


Neste artigo, você conhecerá as 4 principais alternativas de investimento disponíveis para empresas e entenderá como elas podem contribuir para sua organização.


Confira!

Por que empresas devem investir no mercado financeiro?

Além de serem vantajosos para pessoas físicas, os investimentos podem favorecer as empresas, devido aos benefícios que oferecem. Uma das vantagens é a possibilidade de obter retorno financeiro, rentabilizando o capital da empresa.


Essa também pode ser uma forma de fortalecer a saúde financeira do negócio. É o que acontece quando os investimentos ajudam na composição do capital de giro ou na melhor estruturação do fluxo de caixa, por exemplo.


Ainda, os investimentos podem ajudar a empresa a se proteger contra a inflação e variações cambiais, por exemplo. Dependendo do caso, há como diminuir o endividamento, já que o mercado de capitais pode servir para a captação de recursos — o que também pode fomentar o crescimento.

Quais são as 4 principais alternativas de investimento para empresas?

Conforme você viu, os investimentos para empresas podem proporcionar diversos benefícios às organizações. Nesse sentido, confira a seguir as 4 principais alternativas de investimento disponíveis no mercado financeiro para pessoas jurídicas!

1. CDBs

O primeiro tipo de investimento no qual as empresas podem aplicar parte de seus recursos são os CDBs (certificados de depósito bancário). Esse é um título de renda fixa, emitido por instituições financeiras e cujo objetivo é captar dinheiro para essas organizações.


Na prática, o investimento em um CDB funciona como uma forma de empréstimo. No caso, os investidores adquirem títulos emitidos por instituições financeiras e estas devolvem o capital aplicado com o acréscimo de juros, após um prazo específico.


Vale ressaltar que os CDBs possuem três tipos de rentabilidade:

  • pós-fixada: o rendimento é definido conforme o desempenho de um índice específico, como uma porcentagem do CDI (Certificado de Depósito Interbancário);
  • prefixada: a rentabilidade é conhecida no momento da aplicação. No caso, há uma taxa de juros fixa anual que não se altera se o investimento for levado até o vencimento;
  • híbrida: combina os dois tipos anteriores. Parte da rentabilidade do título segue um índice — geralmente o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) — e a outra é prefixada.


Nesse terceiro tipo de CDB, o objetivo com o investimento é fazer com que ele sempre renda acima da inflação, caso seja levado até o vencimento.


Além dessa questão de rentabilidade, vale saber que os CDBs possuem diferentes tipos de liquidez. Assim, alguns permitem o resgate do dinheiro aplicado de forma fácil e rápida, com liquidez diária, outros enquanto outros possuem prazos específicos de carência ou só permitem fazer o resgate no vencimento.


Ainda, o CDB conta com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) de até R$ 250 mil por CNPJ ou instituição financeira. Nesse caso, há um teto global de R$ 1 milhão, que é renovável a cada 4 anos.

2. Debêntures

Entre os tipos de investimentos disponíveis para empresas estão as debêntures. Elas são títulos de dívida emitidos por companhias para financiar projetos ou reestruturar o negócio.


Quando uma empresa emite debêntures, ela está buscando dinheiro emprestado aos investidores. Ao fazer isso, ela se compromete a pagar juros em uma data futura, somados a quantias já aplicadas.


Um ponto importante que vale ser ressaltado sobre as debêntures é que, ao contrário do CDB, elas não contam com a proteção do FGC. Ou seja, essa é uma alternativa que apresenta risco de crédito mais elevado.

3. Fundos de investimento

Outra alternativa disponível no mercado financeiro para as empresas são os fundos de investimento. Esses são de veículos financeiros coletivos, regulados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), cuja participação acontece por meio da compra de cotas.


Nessa modalidade, um gestor profissional define quais investimentos serão feitos, conforme a estratégia do fundo. Por conta disso, é cobrada uma taxa de administração dos cotistas.


Vale saber que existem fundos focados em renda fixa e em renda variável. No segundo caso, especificamente, a sua empresa pode destinar recursos a fundos cambiais, imobiliários, multimercado e de índice, por exemplo.

4. Ações

Por último, mais um tipo de investimento disponível no mercado financeiro para empresas envolve as ações. Elas integram a renda variável, são negociadas na bolsa de valores e representam a menor parte do capital social de uma companhia.


Assim, ao adquirir papéis dessas organizações, o seu negócio passa a ser sócio delas. Com esses ativos, é possível ter ganhos, por exemplo, com a valorização dos ativos. Esse ganho de capital existe quando as ações são vendidas por um preço maior do que foram compradas.


Ainda, pode haver a distribuição de proventos, caso a empresa apresente bons resultados. Esses são benefícios pagos aos investidores, como os dividendos. Eles consistem na divisão de parte do lucro líquido entre os acionistas.

Quais são as obrigações legais e o tratamento tributário?

Até aqui, você conheceu as características e o funcionamento de 4 tipos de investimento para empresas. Agora, é válido compreender as questões legais e tributárias envolvidas nesse tema.


Do ponto de vista legal, para investir como pessoa jurídica, a abertura de conta em uma corretora de valores é um pouco diferente. Para essa finalidade, é necessário apresentar as seguintes documentações:

  • balanço patrimonial;
  • contrato social;
  • demonstração de resultado do exercício (DRE);
  • faturamento dos últimos 12 meses.


Já no quesito tributário, os 4 investimentos apresentados têm incidência de Imposto de Renda (IR). Em relação aos CDBs e as debêntures, ambas alternativas seguem uma tabela regressiva de tributação. As alíquotas variam entre 22,5% e 15%, segundo o prazo que o dinheiro fica investido.


Pode haver ainda a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) se o montante aplicado for resgatado antes de 30 dias.


No caso dos fundos, a cobrança de imposto depende do tipo de fundo, podendo ou não seguir a tabela regressiva.


Já em relação às ações, a tributação é diferente. A alíquota é de 15% sobre ganhos em operações comuns (swing trade) e 20% para day trade. É importante considerar as regras de tributação, já que ela influencia diretamente na rentabilidade líquida dos investimentos.


Ao longo deste artigo, você entendeu por que empresas devem investir no mercado financeiro e conheceu 4 opções de investimento para esse propósito. Agora, estude com mais profundidade sobre o mercado, lembrando de considerar o perfil e os objetivos do seu negócio para fazer boas escolhas.


Quer ter um apoio profissional na jornada de investimentos da sua empresa? Entre em contato com a CXBR Capital e veja como a nossa assessoria pode ajudar!

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