Além dos imóveis: 5 outras formas de investir no mercado imobiliário

Muitas pessoas escolhem investir no mercado imobiliário por considerá-lo um segmento consolidado e em constante crescimento. Além disso, ele tende a oferecer resultados mais estáveis e a possibilidade de obter ganhos regulares, conhecidos como renda passiva.

Ao pensar nesse tipo de investimento, é comum associá-lo imediatamente a comprar imóveis esperando a sua valorização ou os ganhos vindos dos aluguéis. No entanto, é válido saber que o mercado financeiro conta com muitas maneiras mais simples, acessíveis e até mais rentáveis de se expor ao segmento.

Quer saber como investir no setor imobiliário muito além da compra direta de propriedades? Continue a leitura e descubra 5 alternativas!

1. Letras de crédito imobiliário (LCIs)

As LCIs são títulos de renda fixa com lastro no setor imobiliário. Sua emissão é feita por instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central, com foco em arrecadar recursos para projetos no segmento.

Na prática, as LCIs funcionam como um empréstimo feito pelo investidor ao banco. Portanto, ele aplica o seu dinheiro e o recebe no futuro acrescido de juros. A remuneração pode ocorrer de três formas:

● prefixada: o investimento rende uma taxa fixa, estabelecida no momento da aplicação;

● pós-fixada: o título tem os seus resultados atrelados a um indicador de mercado, como o Certificado de Depósito Interbancário (CDI);

● híbrida: nesse caso há uma taxa fixa mais o resultado de um índice de mercado, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em relação aos riscos da alternativa, ela é considerada segura. Por fazer parte da renda fixa, a LCI tem previsibilidade de resultados. Outra vantagem é a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), uma entidade privada que cobre a quantia investida diante do risco de crédito.

O FGC oferece a garantia de pagamento de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ por instituição, com teto global de R$ 1 milhão — renovável a cada 4 anos. Também é relevante saber que as LCIs têm isenção de Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas. Logo, a rentabilidade não é consumida pelo tributo no momento do resgate.

Contudo, um ponto de atenção sobre a alternativa é que ela tem uma data de vencimento e tende a apresentar baixa liquidez. Portanto, é fundamental avaliar a adequação dos prazos ao seu planejamento pessoal na hora de investir.

2. Certificados de recebíveis imobiliários (CRIs)

Assim como as LCIs, os CRIs são títulos de renda fixa lastreados no mercado imobiliário. Essas alternativas contam com características parecidas, como a previsibilidade de resultados, a forma de rentabilidade e a isenção de IR para pessoas físicas.

Contudo, os CRIs são emitidos por securitizadoras. Outra diferença relevante entre os títulos é que não há a proteção do FGC — exigindo maior atenção em relação ao risco de crédito.

Da mesma forma, é válido observar que os prazos dos CRIs tendem a ser mais longos em comparação aos das LCIs. No entanto, os certificados de recebíveis imobiliários costumam apresentar um potencial de rentabilidade superior ao das letras de crédito imobiliário.

3. Fundos de investimento imobiliário (FIIs)

Entrando na classe da renda variável, uma alternativa que se destaca é o FII — uma modalidade coletiva de investimento. Nesse tipo de fundo, a gestão adquire ativos para o portfólio a partir de uma política predeterminada, e os investidores interessados em participar compram as cotas do veículo.

Portanto, trata-se de uma exposição indireta aos ativos da carteira do fundo, proporcional à quantidade de cotas que o investidor detém. Logo, os FIIs têm o portfólio composto majoritariamente por alternativas ligadas ao setor imobiliário.

Assim, os fundos imobiliários podem ser compostos de imóveis físicos, títulos de renda fixa — como CRIs e LCIs — ou cotas de outros fundos imobiliários, por exemplo. A negociação é feita na bolsa de valores (B3).

Já a rentabilidade do investimento pode ocorrer pela valorização das cotas do fundo ou pelo pagamento de dividendos — distribuição de lucros entre os cotistas. Nesse sentido, os FIIs tendem a ser uma escolha frequente entre investidores que desejam obter uma renda passiva regular.

Contudo, é importante ter em mente que os fundosimobiliários não oferecem previsibilidade quanto aos resultados. Isso significa que, apesar do potencial de lucros, o investidor também pode ter perdas. Da mesma forma, a alternativa não é coberta pelo FGC.

4. Ações do setor imobiliário

Ainda na classe da renda variável, é relevante destacar as ações de negócios que atuam no segmento imobiliário. Elas correspondem à menor parte do capital social de uma empresa, disponibilizada na bolsa de valores. Quem adquire esses papéis se torna sócio minoritário na companhia.

Os lucros nas ações funcionam de forma semelhante à dos FIIs. Assim, o retorno pode ocorrer pela valorização dos papéis ou pela distribuição de proventos — que podem ser na forma de dividendos, bonificações, juros sobre capital próprio e direitos de subscrição.

Nessa alternativa, é fundamental estar ciente de que o investidor compartilha os resultados da companhia. Isso significa que, caso ela tenha valorização, suas ações também serão beneficiadas. Porém, se a empresa tiver prejuízos, os seus resultados tendem a ser afetados. Ainda, as ações não são cobertas pelo FGC.

5. Crowdfunding imobiliário

Por fim, a quinta maneira de se expor ao mercado imobiliário sem precisar comprar imóveis é por meio do crowdfunding imobiliário — um investimento alternativo coletivo. Assim, as pessoas físicas e jurídicas podem se expor a projetos do setor de forma colaborativa.

Nesse caso, uma empresa focada em investimentos alternativos disponibiliza os projetos, que podem estar em diferentes estágios de desenvolvimento. Do outro lado, as pessoas interessadas selecionam aqueles em que desejam investir.

Os projetos contam com prazos e arrecadação mínima para serem implementados. Quando o período de captação é concluído, o dinheiro vai para o responsável pelo empreendimento, que executa o plano conforme divulgado no crowdfunding.

Os investidores, por sua vez, recebem o dinheiro que injetaram na operação, acrescido de uma remuneração. O rendimento costuma ter um percentual periódico, por exemplo, anual.

Neste artigo, você conheceu 5 formas de investir no mercado imobiliário que vão além da aquisição de imóveis físicos. Como foi possível aprender, elas podem ser mais acessíveis e simples do que a compra de propriedades, com potencial de oferecer bons resultados.

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