Holding patrimonial: vale a pena abrir uma?
A construção de um patrimônio sólido é uma tarefa que normalmente exige esforço, trabalho, foco e disciplina. Desse modo, é natural para as pessoas que possuem diversos bens e ativos buscar maneiras de preservá-los e administrá-los de forma adequada.
Nesse contexto está a holding patrimonial — uma solução destinada a ajudar indivíduos, famílias e grupos com o gerenciamento de seus patrimônios. Assim, se você se interessa pelo assunto, vale a pena saber mais sobre esse tipo de estrutura.
Neste post, você entenderá os principais pontos sobre uma holding patrimonial e descobrirá se a solução realmente vale a pena. Acompanhe!
O que é e como funciona uma holding patrimonial?
A holding patrimonial é um tipo de empresa voltada à administração do patrimônio de um indivíduo, família ou um grupo de pessoas. A modalidade surgiu no Brasil em 1976, sendo uma solução bastante utilizada desde então, principalmente por quem tem um capital mais expressivo.
Nessa estrutura jurídica, você consegue incluir, por exemplo:
- imóveis;
- veículos;
- investimentos e outros ativos.
O funcionamento de uma holding ocorre a partir da sua constituição, que geralmente é feita no formato de sociedade limitada (LTDA) ou sociedade anônima (S/A). Após sua criação, os bens são transferidos para o nome da empresa.
É possível estabelecer regras de governança e sucessão para a holding, que devem ser formalizadas em um contrato social. No documento, constam todas as normas referentes à dinâmica e ao funcionamento da holding, proporcionando mais clareza e segurança aos envolvidos.
Quando estruturada corretamente, a holding patrimonial é uma ferramenta de planejamento financeiro, tributário, sucessório e jurídico. Portanto, ela pode ser útil para indivíduos e familiares cuidarem melhor de seus bens e ativos.
Afinal, vale a pena abrir uma holding patrimonial?
Para muitas pessoas de alta renda, uma holding patrimonial faz sentido devido aos benefícios que a estrutura oferece. Porém, é importante analisar bem as características e vantagens da alternativa antes de contar com ela para tomar uma decisão mais adequada.
Confira os principais pontos que levam pessoas a abrirem uma holding patrimonial!
Colabora para a gestão de patrimônio
Ao ter uma holding patrimonial, você pode centralizar todas as suas posses em uma única estrutura empresarial. Dessa forma, tanto a gestão quanto a organização do seu patrimônio tendem a ser otimizadas.
Pessoas que possuem muitos bens e ativos costumam ter dificuldades em gerenciar todos eles por conta própria. Por esse motivo, a abertura de uma holding pode ser uma decisão estratégica, ajudando a tornar a tarefa mais eficiente.
Contribui para a proteção de bens
Estruturar uma holding patrimonial também ajuda a proteger os seus bens contra disputas judiciais e outros riscos. A razão é que eles deixam de estar no nome das pessoas físicas.
Desse modo, em caso de dívidas pessoais, disputas matrimoniais e ameaças — como penhora de imóveis ou apreensão de veículos —, os bens e ativos da holding ficam mais protegidos. Afinal, eles estão no nome da entidade jurídica, não podendo ser utilizados em caráter pessoal.
Oferece otimização tributária
Outro ponto positivo de uma holding patrimonial é que a modalidade oferece benefícios fiscais. Desse modo, você tem a possibilidade de conseguir uma redução no pagamento de impostos ao contar com uma estrutura do tipo.
Com uma holding, há como utilizar estratégias para obter mais eficiência tributária, sem deixar de cumprir os requisitos legais. Então você não precisa se preocupar, pois a solução não propõe um mecanismo de sonegação ou de evasão fiscal.
Por meio da alternativa, você pode pagar menos Imposto de Renda (IR) e evitar o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD), por exemplo.
Facilita o planejamento sucessório
Por fim, abrir uma holding patrimonial torna a sucessão familiar mais prática. Quando uma pessoa falece no Brasil, é necessário lidar com diferentes trâmites em relação à divisão e transferência de bens a dependentes e herdeiros.
Além de o processo geralmente ser burocrático e demorado, muitas vezes ocorrem brigas e disputas entre os familiares — tornando a situação ainda mais complicada.
Por outro lado, ao ter uma holding familiar, você consegue fazer um planejamento sucessório, alinhando como será a partilha de cada item. Assim, fica mais fácil evitar conflitos e outros contratempos, além de ter mais tranquilidade na perpetuação do seu patrimônio.
É válido destacar que os dependentes e herdeiros podem ser inseridos como sócios da holding. Dessa maneira, o acesso ao patrimônio deixado se torna mais simples e rápido, visto que eles já fazem parte do negócio.
Ainda, com uma holding patrimonial, não é preciso necessariamente realizar o processo de inventário. Desse modo, você tem a chance de reduzir burocracias e gastos relacionados à transferência de bens e ativos.
Como abrir uma holding patrimonial?
Como você viu, existem diferentes pontos que tornam a holding patrimonial uma solução interessante. Logo, caso tenha interesse em abrir uma empresa do tipo, vale a pena saber como realizar o processo.
A tarefa exige lidar com questões como definir o propósito da entidade jurídica e escolher o tipo de sociedade, assim como o seu regime tributário. Além disso, deve-se estruturar um contrato social e fazer a transferência dos bens.
Também é preciso lidar com custos. Eles envolvem a própria criação da holding, taxas de registro ou manutenção e honorários de profissionais, como advogados ou contadores.
Por abranger diferentes requisitos, incluindo alguns que exigem mais atenção, vale considerar contar com suporte de profissionais, por exemplo, em um serviço one stop shop. Dessa forma, você tem o auxílio de pessoas que entendem do assunto para abrir a sua holding corretamente.
Cabe ressaltar que, após criada, a estrutura deve ser bem administrada. Assim, você aumenta as chances de preservar e ampliar o seu patrimônio ao longo do tempo.
Com as informações deste artigo, você conferiu os principais aspectos sobre a holding patrimonial. Agora, avalie cada item apresentado para decidir se a estrutura societária faz sentido para o seu caso.
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